segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Violência nas Escolas

Escola Classe 07 de Planaltina e a violência nas escolas



05-OUT-2009

A violência nas escolas brasileiras tem ocupando um grande espaço na mídia nacional e as Escolas do Distrito Federal contribuem significativamente para alimentar os noticiários. Lemos e ouvimos todos os dias notícias que relatam a violência que tomam conta de nossas escolas. Por outro lado ficamos felizes, pois notamos uma mobilização de vários setores da sociedade em busca de uma solução para este problema e, de forma alguma, a Escola Classe 07 de Planaltina poderia ficar às margens desta mobilização.
Sabemos que as causas desta violência são muitas e que precisamos enfrentá-las de forma a construir uma nova visão de mundo, pois temos a necessidade de lutar por uma sociedade mais harmoniosa, já que nossos jovens sofrem a cada instante algum tipo de violência.
Buscando uma forma de contribuir para amenizar este problema, começamos a analisar algumas características da nossa comunidade escolar e constatamos que boa parte dos jovens matriculados em nossa escola vive um momento de grande ociosidade. Depois de um longo debate, chegamos a conclusão que esta ociosidade é consequência da falta de oportunidade e ocupação nas horas vagas. Além disso, os pais ou responsáveis precisam cada vez mais trabalhar fora de casa e, de certa forma, contribuem não só para a ociosidade dos jovens como também para que eles tenham que assumir uma responsabilidade para a qual eles ainda não estão preparados. São jovens e adolescentes na sua maioria sem condições financeiras para investir em atividades que venham a distanciá-los da ociosidade, da violência e das drogas.
Chegamos também à conclusão que este ”distanciamento” dos pais é uma característica do mundo moderno e, sendo assim, não podemos fugir dessa realidade e pedir que os pais abandonem seus empregos para cuidar melhor dos seus filhos, mas podemos nos modernizar e acompanhar esta mudança social, ou seja, estamos preparando nossa escola para ocupar o espaço deixado pelos pais que precisam buscar o sustento dos seus filhos fora de casa.

Partindo dessas constatações, começamos a pensar no que faríamos para ajudar nossos jovens a iniciarem uma atividade que viesse a contribuir para sua integração social, cultural e artística. Algo que despertasse neles, de forma pedagógica e educativa, a necessidade de resgatar a sensibilidade frente a tantos problemas sociais que precisamos enfrentar e para que possamos juntos construir um mundo melhor.

Resolvemos o adotar o projeto Escola Integral que visa atender crianças e adolescentes da nossa comunidade. Passaremos a oferecer, além de uma educação de qualidade no turno regular, oficinas pedagógicas no turno inverso. Começaremos oferecendo oficina de xadrez, oficina de dança e música, reforço de matemática e português e escolinha de futebol.

6 de setembro - Quatro alunos, entre 15 e 16 anos, de uma turma de aceleração (de 5ª a 8ª séries) da Escola Classe 8, na Vila Buritis I (Planaltina), foram apreendidos com um revólver Taurus calibre .38, com uma bala deflagrada. Dois dos menores contaram à polícia que a arma foi comprada por R$ 450, mas que não pretendiam usá-la. Uma professora suspeitou quando um aluno saiu da sala e voltou com um volume dentro do boné. Por volta das 17h, a partir de uma denúncia anônima, os policiais encontraram o revólver dentro do fichário de uma estudante, escondido na mochila de um dos colegas.

Estudante é espancada por colega - Jornal de Brasília

A estudante Beatriz (nome fictício), 13, foi espancada na Escola Classe nº 8, localizada no Setor Residencial Leste, em Planaltina, por outra aluna. A agressão ocorreu na segunda-feira, às 11h30. Com o nariz quebrado, arranhões no rosto e muito medo da violência, a menina quer abandonar a escola. Aluna da 6ª Série do Ensino Fundamental, ela garante que as agressões tiveram origem por um mal-entendido no início do ano. Beatriz estava na fila para comprar um lanche na cantina. À sua frente, uma colega de sala ¿ à qual Beatriz pediu para "andar logo". Karina (nome fictício), que estava em frente à colega de Beatriz, achou que a frase tinha sido dirigida a ela ¿ e a partir daí surgiu a animosidade entre as duas. Sempre que Karina encontrava Beatriz na escola, a empurrava ou fazia piadas à sua custa. Mais tímida, Beatriz suportou durante meses as palavras ásperas de Karina, até que, no dia 26 de setembro deste ano, contou para a mãe, Mirtis Nunes, que orientou a filha a procurar a direção. As alunas foram parar na coordenação. Inconformada, Karina agrediu a rival. Os pais foram chamados à escola e, quando tudo parecia sob controle, Beatriz foi novamente agredida e teve o nariz quebrado. O pai de Beatriz, Abádio Rodrigues, registrou a ocorrência de agressão na Delegacia da Criança e do Adolescente. Encaminhada ao Instituto de Medicina Legal para exame de corpo de delito, ficaram comprovadas as lesões. A diretora da escola, Cristiane Andréia, disse que Karina é uma aluna de comportamento difícil e será transferida do colégio.

Um comentário:

  1. Olá, Artemiza.
    Adorei conhecer teu blog!
    Como é gratificante vermos tantas pessoas trabalhando em prol dos mais carentes,dos que sofrem algum tipo de violência ou daqueles que precisam de algum tipo de atendimento.
    Que projetos lindos estão sendo feitos em tua comunidade!
    Estou aguardando tua visita em meu blog,ok?
    Um abraço,
    Elleoni

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